sexta-feira, 22 de março de 2024

AMORES NOS TEMPOS DO COVID - Ronald Eucário Villela

 

O que podemos dizer de um tempo que nos moveu através de medos, inseguranças, incertezas. Um tempo que nos privou do contato social, ceifou vidas, incontáveis – sonhos que não puderam se concretizar. Um tempo que nos colocou reclusos nos lares, ansiando pela prevenção ao contágio de um vírus desconhecido num plano mundial.

Sim. Estávamos vivenciando uma cena que apenas ouvíramos falar – pandemia. Distante de nós em décadas, jamais supor pudéramos alcançar essa realidade. E cá estávamos nós a buscar nossos amores em tempo do Covid. 

Afinal esse encontro seria possível? Ademais, o que poderiam ser esses amores: nossa vida pregressa passada a limpo? Encontros inesperados através da tela de um computador? Vidas cruzadas em alas frias de hospitais? Pois então, pressuponho que cada qual a seu modo pode retratar cenas de um cotidiano que permanecerá indecifrável em cada mente, pois que impossível imaginar o palco que se abriu perante uma platéia despreparada para o que estava por vir.  


Pois então, Ronald Eucário Villela diz que sim - encontros são possíveis sim - e nos expõe sua alma, sua vivência, suas conquistas, seus amores em mais de quinhentas páginas onde suas memórias transitam entre a ficção e a própria realidade. Aliás, reminiscência de um passado que poderia muito bem ser o meu também, ser o de qualquer um de nós, ademais, em muitos momentos, me encontrei por entre as linhas, que percorria ávida de sua leitura, as quais também me escreviam.

Em muitos momentos, até, encontrei o impasse do questionamento, quando do autor o que haveria de ser  ficção? O que de realidade? O que de autobiografia? E a mente me veio Fernando Pessoa a dizer ser o poeta um fingidor, para que, ao leitor as emoções figurassem como lhe bem aprouvesse. 

Bom, esse parêntesis é próprio de cada leitor, pois que ao autor somente lhe cabe o saber onde começa a história ficcional e real. A mim, sua leitora, apenas tenho a certeza de me irmanar a muitas cenas através do enredo, muito bem escrito e elaborado, ao mesmo tempo em que passo a tecer pontos de vista depreendidos das linhas, e me ponho a perceber os “sonolentos e preguiçosos dias no bairro, os quais pareciam que não passavam... “. Sim, eram dias os quais transcorriam intermináveis.

Esperávamos os festejos natalinos, os aniversários, as férias, o retorno às aulas e contávamos a visita a casa da vovó.  E nos empolgávamos com “as festas nas salas das casas, com dança e tudo mais”. As missas aos domingos, os flertes na praça principal da cidade. Sim... Foi nesse encontro que pude também me situar numa época em que se respirava amizade, um tempo que  correspondia anseios, contava tempo e não se importava tanto com a conta do próprio tempo.  Uma época em que amigos eram reais e não virtuais e os podíamos contar, quiçá, poucos, mas reais. Os amores duradouros. Tempos não fluídicos.

De repente, o cotidiano se viu transformado. Nossa mente teve de se adaptar às situações diversas, adversas. O trabalho, de muitos, passou a ser virtual. As casas adaptaram-se ao home office. Os noticiários consigo traziam números que só aumentavam – contágios, mortes, amores que se viam privados de mais vida. Era o tempo a dar conta em compor enredo de vida, visitar escaninhos escondidos, deixados de lado, e que nesse agora, na iminência do fim, aflorava num querer contar, num querer resgatar pedaços de memórias esquecidas, num ansiar por mais vida, fragilizada por vírus invisível.

Assim, entendo a ânsia de Paulo – personagem - a percorrer espaços entre amores num tempo do Covid, os quais poderiam muito bem retratar a própria história de cada leitor; tardes de domingo em família, quando podia-se cantar, rir, saborear quitutes gostosos. E, se o estar recluso pode proporcionar um viés para compor tantas linhas, encontrar amores ao mesmo tempo em que se despedir de amigos, familiares, conhecidos, o tempo do Covid pode abrir horizontes para a reflexão individual, onde a cada um foi dada a oportunidade para se expressar da maneira como lhe foi significativo esse período de dois anos, entre 2020 e 2022.

Ao autor valeu as páginas memoráveis de uma mescla auto ficcional e, sem dúvida aos seus leitores, a oportunidade em tecer novas linhas através das linhas impressas, pois é quando se fecha o livro, que o livro inicia na mente do leitor. Foi o que a mim representou estar aqui neste momento, depois de também passar pela experiência do Covid e colher experiências que, um dia, também serão registradas em minhas páginas, ainda em  branco.


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Texto de Inajá Martins de Almeida através da leitura do livro 

"Amores nos tempos do Covid: autobiografia",  de Ronald Eucário Villela             


domingo, 3 de março de 2024

A LEITURA DAS PALAVRAS

 Interessante que, vez ou outra, revejo meus textos, dentro dos arquivos em meu computador, e sempre os encontros me são prazerosos ao ponto de tecer comentários extras.

As palavras, as quais retorno a sua leitura e as reproduzo neste espaço, me foram de grande satisfação, pois que vindas de uma professora, em sala de aula, a orientar seus alunos a confeccionarem redação embasada na emoção exercida quando da apresentação do tema.

Era, pois O ato de ler que ganhara espaço junto a propositura do tema ENEM 2006, e que, além de servir de parâmetro para o exame daquele ano, motivou muitas redações além dessas.

Para mim, entrevistas me foram alcançadas, a publicação numa revista do sul, deixou em meus arquivos pessoais, memória inenarrável.  

Todavia, embora meus esforços para contatar a professora Jacqueline Andrade tenham sido infrutíferos, o comentário permaneceu comigo desde aquele momento, e, sem dúvida, irá permanecer por tempo indeterminado neste blog. 

A data encontrada marca 3/9/2008, quando de um comentário no texto O ato de ler, o que, infelizmente fora removido o link - assim, não tenho como retornar ao local de origem, entretanto, o que me ficou e permanece de incentivo, é o fato das palavras e estímulo aos alunos, assim como algumas palavras-chave, as quais tem um significado marcante para este retorno, quais sejam: -  "encontrei-me" ... "é a minha cara " ...  "emoções" ... "leitura é emoção" ... "sensação" 

Esse, para mim, é o prêmio maior em se ditar um livro, ou mesmo um texto, como foi este, qual seja, ser lido, apreciado até reproduzido, recontado de formas vários.

Assim, passo a colocar as palavras da professora Jacqueline e, sem dúvida, essa releitura e alguns pontos colocados, trouxeram em mim um novo significado, uma sensação de pertencimento; de perceber que estamos irmanados em sensações emoções e encontros, com outras caras que poderiam ser a nossa. 

Esse pertencimento não tem preço, pois que é a leitura que vai além da imaginação, além do ponto de vista, é capaz de dar voz a outras vozes. A encontrar no texto algo que nos faça nos enxergar nas palavras. 

Assim, Jacqueline ficará para sempre referenciada em nossos encontros, ainda que seja apenas neste texto, o qual tive a intuição de escrever, colocar na galáxia internet e, sobretudo, ser encontrado pelo ENEM e por você minha motivadora de tantas linhas.      

 


"Olá!

Nas minhas idas ao mundo virtual da internet, encontrei-me com um texto que, como dizem meus alunos presenciais, é a minha cara.

Falo encontrei-me com o texto, e não, encontrei o texto, pois, para mim, tem conotações diferentes.

Para mim, foi um encontro, e não um achado. Encontro porque envolveu magia. Envolveu cumplicidade. Troca. Envolvimento. Parecia que já nos conhecíamos. Sim…o texto e eu…como uma cara metade.

Foi algo prazeroso. Como todo encontro…

Uso a palavra “encontro”, porque me dá este sentimento de prazer. Como acontece quando ouço a palavra “lua” e a palavra “estrela”. Não sei se com você acontece o mesmo, mas estas palavras são mágicas…como a palavra “amor”. Essas duas palavras sempre tiveram a força de remeter os amantes da vida a momentos mágicos…de leveza…de companhia ou solidão…dependerá da situação, não é mesmo? São palavras que nos remetem à imaginação…à fantasia.

Assim, quero compartilhar com você este encontro.

Gostaria de que você, após encontrar-se com este texto, escrevesse qual foi a sensação que teve após a leitura dele.

Pode ser verdadeiro (a)!

Escreva apenas o que vier à sua mente…pois é o que sai da alma. O que importa aqui são as emoções…E leitura é emoção. Independente do tipo de emoção despertada em nós, não é verdade?

Pois bem! Vamos à leitura do texto ” O ato de ler”

Um abraço carinhoso,

Profa. Jacqueline Andrade



HÁBITOS DIÁRIOS

texto de Inajá Martins de Almeida 

por meio do estudo 7 Hábitos Diários ...


Criar hábitos há que se ter constância, perseverança,  um passo de cada vez.  

O estudo nos mostra a importância de se ter em mente as tarefas para o dia seguinte. Uma agenda é a forma mais coerente para se ter sobre a mesa de trabalho. Com ela, temos o histórico dos passos para cada dia: estudo, afazeres, médicos, e tudo o que for necessário para que as tarefas sejam desenvolvidas de forma produtiva. Com a agenda podemos visualizar cada passo a ser executado, horários, objetivos, metas. 

Jamais devemos nos esquecer dos exercícios físicos - academia, pilates, caminhada, enfim, o que possa proporcionar bem estar para enfrentar a jornada de trabalho, em casa, no escritório. 

Outro tópico importante, jamais se esquecer de agradecer, ao levantar, ao se deitar, durante os intervalos, mesmo entre as tarefas. O agradecer nos coloca em sintonia com nosso mais profundo eu. Com nosso Criador. Dessa forma nossa jornada será mais suave, mais prazerosa. 

Enfim, o cronograma nos mostra alguns passos interessantes que podemos aplicar em nosso dia, para alcançarmos objetivos de maneira mais produtiva e clara.

Ademais, jamais podemos nos esquecer de que diariamente temos de agregar novo conhecimento em nossos hábitos, ou seja, reservar espaço para leitura, e tudo o que possa ser adquirido para nosso desenvolvimento. mental, profissional e espiritual.

De minha parte gosto de exercitar a escrita, tanto em meus cadernos de anotações, os quais os tenho muito no decorrer desses últimos anos, mais especificamente desde 2010, quando na manutenção de blogs, os quais foram criados a partir de 2007.

Também o computador me serve de celeiro para artigos, confecção de textos, assim como o disseminar assuntos através da internet. Esse veículo nos é muito favorável, tanto para adquirirmos conhecimento quanto para a transmissão dos nossos.

Portanto, hoje, não se justifica mais a falta de aprendizagem, pois que ela pode nos vir de todos os lados, principalmente por meio da galáxia internet. 

Assim, vamos nos exercitar e gerar e gerir hábitos salutares para nosso desenvolver diário. Para isso, basta apenas começar. A dica está dada. Mãos a obra. 



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https://www.youtube.com/watch?v=zW6Mfb6-S5Q